Renê Júnior, que foi atleta do Corinthians até 2020, agora entrou com uma ação judicial contra o seu ex-clube. O processo foi aberto nesta quinta-feira (14), na 72ª Vara do Trabalho de São Paulo e solicita do time paulista R$ 8,3 milhões.
O jogador reivindica a falta do pagamento de parte de sua remuneração de parcelas de 13º, do FGTS, de seguro por acidente de trabalho e ainda, um pedido de indenização por assédio moral. Apenas do FGTS, 29 parcelas não foram pagas, o que corresponde a R$ 620 mil.
A queixa do atleta perante o acidente de trabalho e o assédio moral tem como base as três cirurgias que ele teve que passar reparando os seus dois joelhos. A primeira lesão ocorreu já nos primeiros 3 meses de Renê no Corinthians.
Renê sofreu graves lesões e não foi pago adequadamente
No processo, os seus dois advogados Filipe Rino e Thiago Rino defendem que, mesmo que a recuperação do atleta tenha sido rápida e ele ter conseguido estar presente aos treinos depois de dois meses da cirurgia, logo após um mês Renê machucou seu outro joelho.
Cinco meses depois da segunda cirurgia, as dores não passaram e então o atleta teve que passar pelo terceiro procedimento. No total, Renê esteve 466 dias fora das atividades do clube. Na explicação da indenização, a defesa do jogador explicou que conseguiu atuar em alguns jogos como titular mesmo depois da volta, no entanto, uma transação foi mal feita
No ano passado, quando Renê se recuperava de suas três cirurgias, ele foi emprestado ao Coritiba, sob a promessa de que o Corinthians iria continuar pagando todos os seus direitos. No entanto, isso não aconteceu por completo.
Seguro contra acidente de trabalho é assegurado pela Lei Pelé
Outra queixa que o jogador levantou foi de um suposto assédio moral. Quando o futebol estava suspenso por conta da pandemia do novo coronavírus, Renê foi devolvido ao Corinthians e assim que retornou ao clube foi direcionado a treinos separados do resto do elenco.
De acordo com os advogados do atleta, a exclusão perante os outros jogadores foi lida como assédio moral. A defesa afirmou que, submeter o atleta a treinar sozinho, faz com que ele se desenvolva fisicamente pior do que o grupo.
Conforme os advogados, caso o Corinthians tivesse pago o seguro de acidente de trabalho, como garante a Lei Pelé, os danos físicos e à sua carreira poderiam ter sido recompensados. A defesa informou que o valor mínimo do seguro seria de R$ 3 milhões. Contudo, com todos os não pagamentos, a ação cobra R$ 8,3 milhões.
Segundo o Corinthians, a notificação judicial ainda não foi enviada e,portanto, o clube ainda não se pronunciou.